Esta resenha pode conter spoilers
Infelizmente histórias reais tem finais reais
Para quem ler a resenha, antes de tudo tenha em mente de que as histórias contadas nas séries CLUB FRIDAY, são histórias reais, relatadas por ouvintes em um programa de rádio Tailandês. Algumas dessas histórias, por terem muito potencial viraram séries com as devidas modificações para que os participantes reais da história não sejam identificados. Histórias reais, nem sempre tem o final que desejamos.Analisando o roteiro, a produção, a direção, tudo é muito bem feito. Existem duas famílias envolvidas, muito sofrimento, a dor que a homofobia causa e as consequências dessa dor. De um lado temos Jack e Aui, um casal de jardineiros recém-casados que se muda para uma casa nova. Antes de falar da outra família, vamos analisar a primeira. Jack é gay, ou bissexual, não fica claro. Poies ele declara a Palm que gosta de homens, mas tem relações sexuais normalmente com sua esposa. Ele deixa claro que mesmo sentindo atração por homens desde sempre, nunca foi capaz de dar o primeiro passo, por medo de ser descoberto, de ser envergonhado, de decepcionar a família... ele acaba se casando com Aui, uma jovem comum, que o ama, que não tem ciúmes terríveis e faz tudo pra o fazer feliz.
A segunda família é composta por Palm, sua esposa e dois filhos, um deles adolescente enquanto o outro ainda é criança. Talvez essa seja a família mais desestruturada que já vi, justamente por aparentar ser perfeita. Palm é gay, ele não se interessa por mulheres e transar com a esposa no início do casamento foi um tormento esporádico, após o segundo filho, ele contou a verdade à sua esposa... ato nobre? Não. A esposa, numa sociedade machista e patriarcal, com dois filhos que "precisam" do exemplo de uma família perfeita, e não querendo carregar o estigma de divorciada e pior, de a humilhação de ser divorciada de um homossexual, acabou aceitando as condições impostas por ele para um casamento de fachada. Essas condições incluíam sempre dizer a ela onde estava, com quem estava, e o que estava fazendo. Durante todo esse tempo, ela que também tinha a suposta liberdade de sair com outros, tinha vontade de se sentir amada, desejada, sentia prazer ao sentir os olhares de cobiça dos homens e de inveja das mulheres, mas não era capaz de trair, pelo menos não chegou a fazê-lo na série. Ela se insinuou muito pra Jack, mas me pergunto se não fez isso apenas para afastá-lo do marido, a quem, infelizmente ela amava.
As duas famílias tem seus problemas, mas eles realmente vem à tona quando seus destinos se cruzam. Palm percebe que Jack é gay, se aproxima e investe. Jack, que nunca saiu do armário e vê a relação de Palm com a esposa que aceita tudo, imagina que pode manter os dois relacionamentos também, até o ponto em que eles não conseguem mais esconder que estão juntos e todos percebem, menos Aui.
E então nós chegamos no ponto mais grave: os filhos. Os filhos de Palm desde o início demonstravam saber que o casamento dos pais era não era feliz, e o fato deles sempre ficarem ao lado da mãe sugere que eles já desconfiavam do pai. Quando eles perceberam que realmente o pai era gay, era normal que a revolta se instaurasse, e ela piorou quando eles passaram a ser punidos por falarem a verdade, além da vergonha de terem o pai gay, que os estigmatizaria para sempre. É perceptível em algumas falas que a homossexualidade não é algo que as crianças a prendem a respeitar, e sim a ter nojo. Não é tida como algo natural e inato, é tida como algo adquirido e que pode ser revertido, cheguei à essa conclusão quando o filho mais velho alegou que "seu pai estava se transformando numa bicha", inclusive usando um termo pejorativo, e quando ele decidiu revelar a verdade para Aui: "seu marido está mexendo com meu pai, fazendo minha mãe sofrer"; "não quero que seu filho odeie o pai dele como eu odeio", como se essas revelações afastassem os amantes e o problema fosse resolvido.
O fato da esposa de Palm não contar tudo à Aui de imediato, não foi por maldade ou medo. Na verdade, ela nutria verdadeira amizade e não queria que Aui sofresse como ela, talvez ela achasse que a ignorância nesse caso seria uma bênção...
Enfim, o fim dessa história foi surpreendente pra mim. Jack manteve o casamento, num regime de ciúme excessivo da parte de Aui, que antes era tão liberal. Os vizinhos desapareceram, acredito que a família se desfez, e mais uma vez o preconceito da sociedade venceu.
Em relação à atuação, foi excepcional. Faltou uma boa ost, mas isso é um mero detalhe.
A série é muito boa, não assista esperando um final perfeito pois não tem.
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Satisfaction
Nike from the 180 Degree Longitude Passes Through Us here in this series plays the character Jack, a shouted hidden gay, which both of the marital couple from the neighborhood, beautiful Aimee in the role of Tai and no less attractive Sympoš Boy as Palma. It was Palm and Tai that seemed to me the best in this series. The funny thing was that whatever the two men did (they grabbed their hand or wanted to kiss), always appeared in the door, window or room Palm's older son, even though it had its reasons and the older son also played it too Solidly. Overall, the plot, the plot was slightly dragged than other Club Friday series with LGBTQ+ themes, but satisfaction and most importantly .... Users in the Czech Republic receive an original translation into CZ, as in a few countries and connected episodes, not chewed.Esta resenha foi útil para você?
Acting wise, nobody acted naturally and the supposed chemistry between the two men who are engaging in an adulterous affair...was not even there. I felt that the actors especially the one playing Jack is so stiff, as if he didn't even want to be there. And the one who is playing Palm is too flamboyant as if he is playing a one-man orchestra.
The characters in this drama are so one-dimensional and almost predictable and therefore I did even bother to watch the rest of the drama to know where it's headed: disaster.
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