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Foi um BL coreano que me tirou da ressaca das séries.
A série começa com Tae Myung Ha entrando no jogo online fictício, o que mostra ser uma trama original e diferente dos outros BLs coreanos que já assisti. Através de Tae, conhecemos a vida de Cha Yeo Woon, que passa por adversidades na família e na escola. Nessa parte, a atuação do ator se destaca, demonstrando os sentimentos, reações e condutas diante desses impasses.Tae Myung Ha insiste em se aproximar de Cha Yeo Woon, que fica indeciso no começo, mas acaba deixando essa relação ficar mais íntima. É possível ver a química dos dois transbordando na tela.
O conflito aparece quase ao final e, infelizmente, os efeitos especiais são básicos. Entretanto, não é Hollywood, então sustenta a trama. Nos dois últimos episódios, são decisivos para o futuro do casal. Uma parte negativa foi a falta de aprofundamento da "solução"; pode-se ver claramente um furo na história quando a moça liga para Cha Yeo Woon perguntando por Tae Myung Ha.
Surpreendentemente, houve uma explicação do passado de Tae, que foi um gancho para a série finalizar com uma reflexão sobre amor próprio, autoconfiança e, principalmente, a importância de abrir-se para os outros quando precisar de ajuda.
Um gosto pessoal é a fotografia, que na última cena foi de tirar o fôlego, além de preparar o ambiente para o tão esperado reencontro dos dois protagonistas. O final foi do jeito que eu gosto: ver o casal caminhando lado a lado.
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Continuou porém não chegou lá
Achivich e Jirawat, jovens estudantes, tiveram umas “briguinhas” pouco depois de se conhecerem, mas parece que o relacionamento deles evoluiu para algo mais significativo.Após um salto no tempo, eles se tornaram adultos, afastados e com assuntos inacabados. Jirawat hesita em se encontrar novamente com Achivich, mas este pressiona para recuperar o que tinham antes. Qual era essa relação?
O segredo dessa relação e da separação é revelado através de flashbacks da juventude dos dois, enquanto acompanhamos as tentativas de perdão e reconciliação de Achivich com Jirawat. A trama alterna entre passado e presente, mas peca por incluir cenas desnecessárias e cansativas, onde eu acelerei ou pulei. Além disso, o “segredo” da história não é particularmente estimulante, seguindo o clichê comum dos BL tailandeses.
No entanto, certas partes, especialmente os confrontos emocionais entre os personagens, se destacam pela boa química entre os atores e pela coerência do roteiro em momentos específicos. Nas cenas mais intensas, os atores transmitem sedução, perdão e atração de maneira convincente, refletindo os sentimentos dos personagens após anos de separação e desentendimentos.
O BL tinha potencial para ser um “hit”, tanto antes quanto depois de assistido, mas não conseguiu se destacar em vários aspectos.
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Japão acerta de novo
O título em inglês diz tudo: a segunda chance no primeiro amor pode ser a melhor. Assim, o destino/trabalho une Iwanaga Takashi e Miyata Akihiro para resolver ou continuar aquela relação ambígua e inexperiente que tinham quando eram estudantes.Nos primeiros episódios, os sentimentos antigos e adormecidos ressurgem, desestabilizando toda a postura de Akihiro ao ver Takashi reaparecer em sua vida. O ator (Akihiro) entrega uma ótima performance nesses momentos complicados, mas o show se completa com o desempenho igualmente impressionante do seu parceiro, o ator (Takashi). Assim, surge uma química na tela.
A história gira em torno dos assuntos inacabados dos personagens enquanto trabalham juntos. Takashi vê uma chance de pedir perdão e uma segunda chance, mas Akihiro nega diversas vezes temendo se machucar novamente. Há cenas do passado intercaladas na narrativa para que tanto nós quanto os personagens entendam o que aconteceu e identifiquem o culpado. No final, trata-se apenas de um mal-entendido. Afinal, eles eram jovens demais para entender o amor.
Sem os erros, não há lição. A série mostra que os dois precisam retomar de onde pararam, agora com maturidade e experiência. O relacionamento é entre duas pessoas, sem a influência de opiniões externas. Essa relação é testada quando enfrentam a família homofóbica de Iwanaga Takashi e a soberba do primo.
Os pontos que mais chamam atenção são a combinação dos atores, a história bem escrita e as cenas “calientes” que ilustram a paixão, o cuidado, o domínio e a melancolia do casal.
A cena final acontece no lugar onde a história começou, e Takashi e Akihiro escolhem assistir ao pôr do sol juntos, amando-se pela segunda vez.
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Garotas também gostam de garotas, e está tudo bem.
Para mim, 23.5 trouxe a promessa de um romance sáfico fofinho no ambiente escolar, e cumpriu o que prometeu.A Ongsa é apresentada como uma garota “gente como a gente”: insegura, impulsiva, com desilusões, sonhos, crises de ansiedade e momentos de choro. Em contraste, a Sun é popular, segura, confiante e lida melhor com as situações. Assim, os opostos se atraem. A trama é agradável e descontraída, mostrando como colegas de classe podem desenvolver uma relação mais forte e intensa. Não faltam sentimentos turbulentos e desconhecidos para ambas, que acabam gerando mal-entendidos ao longo da história. No entanto, esses conflitos são resolvidos de forma sutil e calorosa com a ajuda de amigos e professores queridos.
Duas personagens secundárias, verdadeiras ladronas de cena, são Alyn e Luna. Elas conquistam seu coração com carisma e personalidade. Alyn é introvertida, reservada, com paixões e hobbies próprios e poucos amigos, enquanto Luna é perspicaz, extrovertida e sociável. Enfim, água e fogo. A relação que começa com relutância acaba despertando o potencial máximo das duas, sem faltar amor.
Além do romance, o enredo aborda temas importantes como autoaceitação, reconhecimento pessoal, bullying e autoconfiança, tratados de forma consistente até o final. A mensagem que fica é que a cura começa com as feridas que nos guiam pelo caminho do crescimento pessoal, sem que se perca a essência da juventude.
Os efeitos de animação sobre o universo e o sistema solar ajudam a lembrar aos telespectadores dessa fase mais juvenil, e a trilha sonora é uma fofura
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