Esta resenha pode conter spoilers
Hino faz assim!!!
Existem várias séries que independente de sua produção, roteiro, atuação, deixaram seu lugar marcado na história das séries BL por algum motivo. "Call it what you want" com certeza é uma dessas obras, que foi um tapa na cara não apenas da indústria que fabrica os BL's, mas também de uma parte tóxica dos fãs, que são a causa da indústria se comportar da maneira como se comporta. O diretor dessa série é Aam Anusorn Soisa-ngim, o mesmo diretor do documentário "BL: broken fantasy (fantasia quebrada)", que pelas suas obras deixa perceptível um lado militante, que não se conforma com os absurdos ocorridos por trás das câmeras.
Inicialmente, saibam que essa série é baseada em fatos reais, e só o fato de saber disso deveria ser um choque de consciência em muitas pessoas. A série mostra o lado negro, nada romantizado, do que os atores são obrigados a fazer e sofrer. Abusos sexuais, restrições alimentares em prol de um corpo perfeito, impossibilidade de gerir suas próprias redes sociais, fazerem coisas contra sua vontade para agradar patrocinadores, serem sumariamente proibidos de manter relações, de serem vistos com alguém que não seja seu ship, e muitos outros absurdos.
Na série, contada em 6 episódios de em média 25 minutos, tem uma bela fotografia e atuações excelentes, e a música tema é linda.
James era diretor de TV, mas não conhecia o mundo BL, e ficou chocado ao perceber os abusos sofridos pelos atores. Ait e ele se apaixonaram instantaneamente, mas ele logo percebeu que não seria tão fácil viver esse romance em paz, e enquanto isso Bas sofria por vários motivos que me deixaram devastada. A cena de Bas comendo o sanduíche e chorando partiu meu coração.
Antes de finalizar e citar os furos do roteiro, eu gostaria de fazer uma consideração:
Ait e Bas já tinham se beijado em cena, mas ele considerou seu beijo com James como o seu primeiro beijo. O beijo em cena não contou pra ele. O ator quando está atuando está trabalhando, e um artista deve saber separar seu mundo pessoal do seu personagem, caso contrário não existiriam atores que contracenaram com mais de um ship. Existem ships que trabalham juntos há anos, a exemplo de Off&Gun, Ohm&Fluke, mas durante esse período eles fizeram trabalhos paralelos com outros atores, e se seguem juntos, existem diversos fatores para isso, como amizade, cumplicidade, a rentabilidade do casal para potenciais patrocinadores e vários outras coisas. Se os atores conseguem separar o trabalho da vida pessoal, os fãs também deveriam fazer o mesmo, até porque, fã é alguém que ama, e quem ama não ama apenas sob determinadas circunstâncias.
Não quero dizer aqui que não existem relacionamentos (namoro, sexo) entre os casais BL's, até porque eles são humanos, e todos nós conhecemos casais de artistas que iniciaram seu relacionamento em cena, isso é algo normal, mas não é obrigatório! A paixão pode nascer de muitas maneiras, com certeza existem vários casais BL's que já ficaram, transaram, namoram, moram juntos, como também existem outros que se relacionam com alguém totalmente desconhecido do público, ou com o par de outro ship, ou alguém da produção como retratado nessa série, a maioria fica ou namora com mulheres, mas são forçados a aceitar determinadas condições por causa de fandons tóxicos que não aceitam que o ator pode e deve ter uma vida além das telas, que tacam hater em alguma amiga ou namorada do seu ídolo, que boicotam marcas e cancelam pessoas apenas por essas pessoas desejarem ter uma vida além de seu personagem.
Terminado esse desabafo, acho que todo fã de BL deveria ver essa série e entender do que ela se trata, e seu valor histórico e social, pois após essa série, outras séries iniciaram uma onda de críticas sociais em seu roteiro, seja sobre termos pejorativos (como esposa- sim, eu considero pejorativo!), sobre a necessidade do estereótipo de "ativo e passivo", sobre o fato de que existem relacionamentos onde os dois são ativos e passivos, contra o governo, e muitas outras.
A série termina com alguns furos, como o que acontece após a acusação contra Tee, qual a decisão de Bas sobre fazer a denúncia, como fica o relacionamento entre Bas e Marco, mas todas as perguntas são respondidas na segunda temporada desse hino.
Inicialmente, saibam que essa série é baseada em fatos reais, e só o fato de saber disso deveria ser um choque de consciência em muitas pessoas. A série mostra o lado negro, nada romantizado, do que os atores são obrigados a fazer e sofrer. Abusos sexuais, restrições alimentares em prol de um corpo perfeito, impossibilidade de gerir suas próprias redes sociais, fazerem coisas contra sua vontade para agradar patrocinadores, serem sumariamente proibidos de manter relações, de serem vistos com alguém que não seja seu ship, e muitos outros absurdos.
Na série, contada em 6 episódios de em média 25 minutos, tem uma bela fotografia e atuações excelentes, e a música tema é linda.
James era diretor de TV, mas não conhecia o mundo BL, e ficou chocado ao perceber os abusos sofridos pelos atores. Ait e ele se apaixonaram instantaneamente, mas ele logo percebeu que não seria tão fácil viver esse romance em paz, e enquanto isso Bas sofria por vários motivos que me deixaram devastada. A cena de Bas comendo o sanduíche e chorando partiu meu coração.
Antes de finalizar e citar os furos do roteiro, eu gostaria de fazer uma consideração:
Ait e Bas já tinham se beijado em cena, mas ele considerou seu beijo com James como o seu primeiro beijo. O beijo em cena não contou pra ele. O ator quando está atuando está trabalhando, e um artista deve saber separar seu mundo pessoal do seu personagem, caso contrário não existiriam atores que contracenaram com mais de um ship. Existem ships que trabalham juntos há anos, a exemplo de Off&Gun, Ohm&Fluke, mas durante esse período eles fizeram trabalhos paralelos com outros atores, e se seguem juntos, existem diversos fatores para isso, como amizade, cumplicidade, a rentabilidade do casal para potenciais patrocinadores e vários outras coisas. Se os atores conseguem separar o trabalho da vida pessoal, os fãs também deveriam fazer o mesmo, até porque, fã é alguém que ama, e quem ama não ama apenas sob determinadas circunstâncias.
Não quero dizer aqui que não existem relacionamentos (namoro, sexo) entre os casais BL's, até porque eles são humanos, e todos nós conhecemos casais de artistas que iniciaram seu relacionamento em cena, isso é algo normal, mas não é obrigatório! A paixão pode nascer de muitas maneiras, com certeza existem vários casais BL's que já ficaram, transaram, namoram, moram juntos, como também existem outros que se relacionam com alguém totalmente desconhecido do público, ou com o par de outro ship, ou alguém da produção como retratado nessa série, a maioria fica ou namora com mulheres, mas são forçados a aceitar determinadas condições por causa de fandons tóxicos que não aceitam que o ator pode e deve ter uma vida além das telas, que tacam hater em alguma amiga ou namorada do seu ídolo, que boicotam marcas e cancelam pessoas apenas por essas pessoas desejarem ter uma vida além de seu personagem.
Terminado esse desabafo, acho que todo fã de BL deveria ver essa série e entender do que ela se trata, e seu valor histórico e social, pois após essa série, outras séries iniciaram uma onda de críticas sociais em seu roteiro, seja sobre termos pejorativos (como esposa- sim, eu considero pejorativo!), sobre a necessidade do estereótipo de "ativo e passivo", sobre o fato de que existem relacionamentos onde os dois são ativos e passivos, contra o governo, e muitas outras.
A série termina com alguns furos, como o que acontece após a acusação contra Tee, qual a decisão de Bas sobre fazer a denúncia, como fica o relacionamento entre Bas e Marco, mas todas as perguntas são respondidas na segunda temporada desse hino.
Esta resenha foi útil para você?