Switched (2018)

Me senti na obrigação de resenhar esse drama em português!

Switched passou pela minha FY do Tik Tok. Era rapidinho, 6 episódios pela Netflix, fui ver sem medo, mesmo sendo desconfiadinha com j-dramas. QUE GRATA SURPRESA EU TIVE.

Que história incrível! Somos apresentados a Ayumi Kohinata, uma garota que tem tudo: uma família amorosa, amigos leais, popularidade, beleza e ainda por cima, namora o cara por quem ela sempre foi apaixonada. Ela é muito feliz e por isso, não faz ideia do quanto outras pessoas ao seu redor têm certas dificuldades. Uma dessas pessoas é a sua colega de escola, Zenko Umine, que é exatamente o oposto da Ayumi: ninguém a acha bonita, não tem amigos, seu pai a abandonou e a relação com a mãe é péssima. Além de tudo, a menina ainda sofre bullying!

Se fôssemos pelo padrão das histórias, a Ayumi seria a garota má e a Zenko a mocinha injustiçada. Porém, esse drama é muito mais profundo que isso. O pontapé inicial da história acontece quando a Zenko descobre uma forma de trocar de corpo com a Ayumi e se tornar a garota mais bonita e desejada da escola. Em contrapartida, a Ayumi vai para o corpo da colega de classe que não tem nada na vida além de desesperança.

É um triste vermos o quanto a Ayumi, que era tão feliz, sofre uma mega injustiça e vira alguém como a Zenko. A primeira reação é colocar a Zenko no patamar de vilã e torcer para que a "mocinha" recupere tudo que lhe foi roubado. Mas é aí que a magia drama começa, e começamos a pensar que aquela vida horrível é a mesma que a Zenko viveu durante os 16 anos dela. Será que ela é tão culpada assim por querer desesperadamente ser feliz?

Enquanto tenta ter o seu corpo de volta, a Ayumi aprende algumas lições sobre amizade e lealdade. Na verdade, as duas aprendem, pois mesmo estando linda, a Zenko ainda não se sente suficientemente boa como a Ayumi. Esse drama ensina que o que temos por dentro, diz muito mais sobre nós que aparência e beleza!

Outro destaque é para os meninos do drama! Meu personagem favorito inclusive é o Kaga, melhor amigo da Ayumi. Ele é divertido e da leveza ao drama. Inclusive, friendshipp goals para o trio de amigos principal! Eu costumo detestar triângulos amorosos, mas esse aqui foi muito bem construído! No fim, mesmo meu shipp não tendo acontecido, fiquei feliz e torci pelo casal ❤️

No geral, aprendi muitas lições com esse j-drama. Eu amei e quero ver novamente em breve!

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Resenha Crítica de Switched

Switched é um drama japonês que utiliza a troca de corpos para explorar temas profundos como identidade, autoestima e as complexidades da vida adolescente. Apesar de sua premissa um tanto familiar, a série se destaca por abordar questões psicológicas e sociais de forma genuína, muitas vezes desconfortável, mas necessária.

O destaque de Switched está no desempenho de suas protagonistas, Kaya Kiyohara (Ayumi) e Miu Tomita (Umine). Ambas conseguem transmitir as emoções conflitantes de seus personagens com uma intensidade surpreendente. A angústia de Ayumi ao perder sua vida perfeita e ser forçada a experimentar o isolamento e o desprezo que Umine enfrenta diariamente é palpável. Da mesma forma, Miu Tomita traz uma complexidade fascinante para Umine, que não é apenas uma "vilã", mas uma jovem marcada por traumas profundos e uma busca desesperada por aceitação.

A série acerta ao evitar respostas fáceis. Switched não pinta o mundo em preto e branco; em vez disso, mergulha nos tons de cinza das motivações humanas. Umine, por exemplo, não é desculpada por suas ações, mas o público é levado a entender o que a levou a agir daquela maneira. Essa nuance é rara e bem-vinda em um gênero muitas vezes propenso a estereótipos.

Por outro lado, a narrativa às vezes tropeça em sua tentativa de equilibrar drama intenso com momentos leves. Algumas subtramas parecem subdesenvolvidas ou adicionadas apenas para prolongar a história, o que pode frustrar espectadores que esperam uma resolução mais coesa. Além disso, embora o final seja emocionalmente satisfatório para alguns, outros podem sentir que ele resolve as questões morais e emocionais de forma um pouco apressada.

A direção e a cinematografia são sólidas, com momentos visuais que destacam o contraste entre as vidas das duas protagonistas. A trilha sonora também complementa bem o tom melancólico e reflexivo da série, elevando os momentos mais emocionais.

Pontos Positivos:

Atuações impressionantes de Kaya Kiyohara e Miu Tomita.

Temas complexos e bem explorados, como autoestima e empatia.

Retrato sensível e realista das pressões sociais e emocionais da juventude.


Pontos Negativos:

Ritmo desigual, com algumas subtramas desnecessárias.

O final pode parecer apressado para certos espectadores.

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