
- Português (Brasil)
- Русский
- English
- magyar / magyar nyelv
- Título original: 流れ星
- Também conhecido como: Shooting Star
- Diretor: Ishizaka Rieko, Namiki Michiko
- Gêneros: Romance, Vida, Drama, Família
Elenco e Créditos
- Takenouchi Yutaka Papel Principal
- Ueto Aya Papel Principal
- Kitano KieOkada MariaPapel Secundário
- Inagaki GoroMakihara ShuichiPapel Secundário
- Matsuda ShotaKamiya RyoPapel Secundário
- Harada MiekoOkada KazukoPapel Secundário
Resenhas

Muito tocante
Poucas coisas me encantam tanto quanto ser surpreendida por um drama, e Nagareboshi foi exatamente isso.Encontrei esse título por acaso, sem procurar nada específico, e decidi assistir sem nem ler a sinopse. Não conhecia os atores, tampouco a produção. Fui no escuro, e o resultado? Estou maravilhada.
A trama é delicada e profunda, com aquela sensibilidade única dos dramas slice of life japoneses dos anos 90/2000. A história gira em torno de um homem que, desesperado por não conseguir um doador compatível para sua irmã mais nova, conhece uma jovem prostituta e lhe propõe dinheiro e casamento em troca da doação de parte de seu fígado (é necessário pertencer à família para ser um doador). No Japão, esse tipo de acordo configura crime, já que envolve a compra de um órgão — algo feito justamente para coibir o tráfico. E o drama trata desse tema com um cuidado e uma sutileza tocantes.
Mas vai muito além disso. Nagareboshi fala sobre a doação de órgãos, famílias disfuncionais, os danos profundos da indústria do sexo, e sobre encontrar pertencimento.
A protagonista, uma mulher que nunca teve um lar de verdade, aos poucos passa a conviver com uma família e a sentir, pela primeira vez, o que é ter um lugar no mundo. É tudo tratado com extrema delicadeza, com um realismo suave e sincero, tão característico do slice of life.
O que mais me encantou foi como o drama trabalha com contrastes. Se o protagonista tem uma relação linda e saudável com a irmã, a protagonista vive um vínculo tóxico e perturbador com o irmão mais velho. Enquanto a irmã do protagonista tem a sorte de encontrar um doador, um garoto que ela conhece no hospital não tem o mesmo destino. Ele vive satisfeito com seu trabalho em um aquário, ela vive infeliz sendo forçada à prostituição.
Tudo funciona em pares opostos, e esse espelhamento constante faz o espectador refletir, comparar, sentir. Há sempre um contraste que provoca uma dorzinha no peito, e o roteiro faz isso com maestria.
Se há um ponto que me impediu de dar nota máxima, foi o antagonista (o irmão da protagonista). É um personagem confuso, mal desenvolvido. Não consegui entender suas motivações: ora parece que quer se aproveitar da irmã, ora que é obcecado por ela, ora que só está ali por conveniência. Ele funciona como contraste, sim, mas sua construção foi inconsistente, e sua trajetória, incoerente. Uma pena, porque é o único elo fraco numa trama tão bem conduzida.
De resto, tudo me agradou profundamente. A trilha sonora é linda, a fotografia é um deleite visual, e o elenco encaixou perfeitamente nos papéis.
Os dois protagonistas me conquistaram. Ele é calmo, introspectivo, protetor. Ela é ríspida, marcada por traumas, mas ao mesmo tempo indefesa e apaixonante. É lindo ver o afeto florescendo entre eles, não de forma explosiva ou idealizada, mas no cotidiano, nos silêncios, nas trocas pequenas, nos gestos de cuidado. O romance é construído com tempo, espaço e humanidade. Você sente o que eles sentem.
Nagareboshi é sobre reencontros com a vida, sobre dignidade, sobre se permitir amar e ser amado. Um drama que aquece, machuca e emociona. Eu amei, tá? Recomendo muito!
Esta resenha foi útil para você?

Most of it is due to the excellent cast. I knew Ueto Aya from Attention Please and loved her there: she was the reason why I watched that drama and the only reason why I completed it. There she was feisty and entertaining, here she plays the role of a disillusioned young woman, wary of men - who can blame her? - and in desperate need of warmth and a sense of belonging. Her acting is outstanding, one can't help falling in love with her fragility, her courage and beauty.
Takenouchi Yutaka is just as awesome. His character is that of an honest man who leads a simple life but is ready to go to any length in order to save his sister. He's so sedate throughout the whole drama, I expected him to burst out at some point. But he didn't, and I realize now this is what makes him into such an endearing character. He expresses a world of meaning via glances and silences: I loved it.
The encounter between Risa and Kengo is poignant and their interaction from that point on is always defined by a sedate fire. Nobody shouts, or desperately cries or have fits of anger, and yet the chemistry is powerful.
I don't think it's accidental that Matsuda Shota speaks in a very sedate and calm way too through the whole show. This is the imprint of Nagareboshi. Just like the beautiful jellyfishes that float around in the aquarium. I never thought I could come to consider jellyfishes such beautiful creatures.
The side cast is just as brilliant, mostly the women.
The photography deserves a mention too. There are some truly outstanding sceneries of Japan shown in this drama. I was captivated by the colours and the general atmosphere. I love it that Japanese can produce wonderful dramas without the pomp and the shine we have been accustomed to with the usual super stars sporting gorgeous outfits or your average hero under the shower. This is a simple yet complicated love story between two very average people. It could be us.
The music is beautiful, although not my genre. I usually prefer instrumental pieces in dramas, so I don't really care much for songs. But it suits the pace and the feel of the drama perfectly.
If you like well acted, slow developing stories without love triangles or squares, played on style more than actual happenings, this drama is for you. I suppose it's for mature viewers - and I'm not referring to age.
Esta resenha foi útil para você?