Fiquei impressionada com a forma como o filme mistura suspense, terror e folclore de maneira tão intensa. A forma como o filme aborda rituais xamânicos e elementos culturais coreanos é fascinante e assustadora ao mesmo tempo.

O que mais me chamou atenção foi o clima de tensão constante, construído com uma direção impecável e atuações fortes, principalmente do Choi Min-sik, que rouba a cena como o mestre de feng shui. É o tipo de filme que te prende do início ao fim, com reviravoltas e sustos na medida certa.

Além de que o filme não é tão assustador assim, então dá para aproveitar e assistir de boa.

Um dos destaques foi a cinematografia. Cada cena é cuidadosamente construída para intensificar o desconforto e o mistério, com ângulos fechados e iluminação sombria que refletem o peso da trama. As cores usadas — predominantemente tons escuros e terrosos — dão um ar místico e claustrofóbico, enquanto os cenários, como florestas densas e antigos túmulos, acrescentam autenticidade e um senso de perigo iminente.

O ritmo do filme é bem equilibrado, alternando entre momentos de ação e introspecção, permitindo que os personagens se desenvolvam e que a trama se aprofunde. Embora tenha alguns trechos que poderiam ser mais ágeis, a sensação de mistério nunca é perdida.

Se você, como eu, gosta de um terror que mistura tradição cultural, uma boa história e uma execução técnica impecável, Exhuma é perfeito para isso. Dê uma chance, pois não vai se decepcionar!
Brazil, Rio. 26 Dec, 2024.