Dor que transcende o tempo
Talvez esse dorama divida opiniões porque foge da lógica do que estamos acostumados a visualizar em histórias de romance. Foi tão marcante que não me esqueço de tê-lo assistido em 2016 e de sentir um completo vazio e dor. Acabei de reassistir em 2024 e, oito anos depois, saio com os mesmos intensos sentimentos.Particularmente, gosto bastante de contextos históricos, e isso o drama soube fazer bem. Somos imersos na Dinastia Goryeo e, embora príncipes e reis sejam reais, ainda assim possuem características e histórias fictícias.
A cinematografia e ambientação histórica são deslumbrantes e a trilha sonora complementa perfeitamente as emoções das cenas, intensificando ainda mais a experiência.
Minha dica é: assista preparado para vivenciar diversos sentimentos e aproveite para mergulhar e vivenciá-los. São cenas engraçadas, muitas de amor, de ódio e de tristeza, todos aqueles sentimentos que compõem a existência humana.
São histórias fadadas ao sofrimento. Pode parecer estranho dizer, mas não evite histórias assim, também há uma estranha beleza, um certo tipo de poesia que permeia nossa existência.
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Um olhar crítico sobre o fanatismo religioso
Devoção incondicional, exaltada e completamente isenta de espírito crítico: essa é a definição que encontramos nos resultados de pesquisa sobre fanatismo religioso. "Save Me" soube explorar esse tema, refletindo sobre as consequências drásticas que algumas doutrinas radicais podem causar.O drama aborda temas sensíveis como suicídio, bullying, violência e estupro. É interessante ver como conseguiram demonstrar o impacto psicológico em cada personagem, dependendo de suas vivências. Ao longo dos episódios, com acontecimentos cada vez mais revoltantes, a ambientação e a iluminação das cenas intensificam a tensão e o sentimento de atordoamento. O desfecho da história é satisfatório e realista: não tudo como gostaríamos, mas com um final merecido.
Descobri este drama após ler relatos sobre abordagens de grupos religiosos na Coreia, especialmente de estrangeiros. Comecei a pesquisar um pouco mais e me deparei com outra produção audiovisual, Em Nome da Fé: Uma Traição Sagrada, uma história real de "líderes religiosos" que usavam a narrativa de serem profetas. Fiquei muito feliz que este assunto tenha sido abordado e gostaria que alcançasse mais pessoas. Pode parecer algo distante, mas há diversas experiências semelhantes em muitos países, inclusive no Brasil (como João de Deus).
Assistam!
Ah: gostaria de destacar a atuação de Woo Do-hwan, que interpreta Dong-chul. O ator deu vida ao personagem de maneira excepcional.
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