Esta resenha pode conter spoilers
Um bom começo de um longo percurso
(+ +)
O drama possui uma sequência fascinante e aos poucos a relação entre Mohk e Day nos é apresentada de forma madura e bem explorada em muitos aspectos além de uma ótima química e em pontos crucias de desenvolvimento e reciprocidade, gosto bastantede das referências ao livro do pequeno príncipe <3, do humor colocado em momentos certeiros que quebravam o clima e me tiraram boas risadas (me peguei inumeras vezes sorrindo como um bobinho assistindo Last Twilight) e claro, ótimos personagens de apoio (principalmente Phojai e On).
Ao mesmo tempo em que trata de temas sérios, ela carrega uma leveza e uma delicadeza que não se é tão comum em dramas tailandeses.
Eu adorei acompanhar esse drama ao decorrer das semanas, me trouxe um acalouramento ao meu peito.
(- -)
Em contrapartida, há algumas coisa que me incomodaram, como a posição da mãe do Day, explicitamente capacitista e infantilizada (uma reprodução de uma sociedade construida a partir de uma visão invalidante sobre tais corpos) sobre a cegueira do filho, assim como alguns conflitos criados de uma forma que não faz sentido para os personagens - pois nos foi apresentado que MohkDay possuem uma relação madura e que conseguem lidar com situações problema e ainda incluido saltos temporais muito abruptos na reta final. Essa estratégia de roteiro é bastante utilizada pelo diretor.
Cabe aqui colocar que pessoas com deficiência SÃO PESSOAS NORMAIS, e na série, nos é reforçado que PCD são "especiais" enquanto isso cai numa problemática muito maior sobre a representação de deficiências na mídia.
Outro ponto que me deixou encucado é sobre o fato de que Sea Tawinan não é deficiente visual. Acho ótimo o fato de uma empresa grande como a GMM estar trabalhando em projetos que incluam corpos diversose temas muito pouco explorados na mídia tailandesa e assim, acredito que esses papéis deveriam ser designados às pessoas que tenham a deficiencia e esse não ser o fator determinante daquela pessoa. De certa forma eu acabo estabelecendo um paralelo com o transfake (pessoas cisgênero atuando como uma pessoa transgênero), blackface/redface (ou qualquer tentativa de apropriação de uma identidade etnica que não cabe a uma pessoa branca interpretar)... Ok, pode ser uma comparação bastante delicada, mesmo que tenha havido uma pesquisa de como construir o personagem pra evitar entrar no clichê da caricatura certas coisas parecem estar num cenário muito irrealista, como por exemplo a demora para a doação e a realização do transplante ocular, pois nos é mostrado que a família de Day é rica, o que não os impediria de fazer a cirurgia em outro país, mas enfim.
*
De modo geral, a história é cativante e envolvente!
O drama possui uma sequência fascinante e aos poucos a relação entre Mohk e Day nos é apresentada de forma madura e bem explorada em muitos aspectos além de uma ótima química e em pontos crucias de desenvolvimento e reciprocidade, gosto bastantede das referências ao livro do pequeno príncipe <3, do humor colocado em momentos certeiros que quebravam o clima e me tiraram boas risadas (me peguei inumeras vezes sorrindo como um bobinho assistindo Last Twilight) e claro, ótimos personagens de apoio (principalmente Phojai e On).
Ao mesmo tempo em que trata de temas sérios, ela carrega uma leveza e uma delicadeza que não se é tão comum em dramas tailandeses.
Eu adorei acompanhar esse drama ao decorrer das semanas, me trouxe um acalouramento ao meu peito.
(- -)
Em contrapartida, há algumas coisa que me incomodaram, como a posição da mãe do Day, explicitamente capacitista e infantilizada (uma reprodução de uma sociedade construida a partir de uma visão invalidante sobre tais corpos) sobre a cegueira do filho, assim como alguns conflitos criados de uma forma que não faz sentido para os personagens - pois nos foi apresentado que MohkDay possuem uma relação madura e que conseguem lidar com situações problema e ainda incluido saltos temporais muito abruptos na reta final. Essa estratégia de roteiro é bastante utilizada pelo diretor.
Cabe aqui colocar que pessoas com deficiência SÃO PESSOAS NORMAIS, e na série, nos é reforçado que PCD são "especiais" enquanto isso cai numa problemática muito maior sobre a representação de deficiências na mídia.
Outro ponto que me deixou encucado é sobre o fato de que Sea Tawinan não é deficiente visual. Acho ótimo o fato de uma empresa grande como a GMM estar trabalhando em projetos que incluam corpos diversose temas muito pouco explorados na mídia tailandesa e assim, acredito que esses papéis deveriam ser designados às pessoas que tenham a deficiencia e esse não ser o fator determinante daquela pessoa. De certa forma eu acabo estabelecendo um paralelo com o transfake (pessoas cisgênero atuando como uma pessoa transgênero), blackface/redface (ou qualquer tentativa de apropriação de uma identidade etnica que não cabe a uma pessoa branca interpretar)... Ok, pode ser uma comparação bastante delicada, mesmo que tenha havido uma pesquisa de como construir o personagem pra evitar entrar no clichê da caricatura certas coisas parecem estar num cenário muito irrealista, como por exemplo a demora para a doação e a realização do transplante ocular, pois nos é mostrado que a família de Day é rica, o que não os impediria de fazer a cirurgia em outro país, mas enfim.
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De modo geral, a história é cativante e envolvente!
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