Esta resenha pode conter spoilers
Tem defeitos, mas é umas das melhores já produzidas
Bad Buddy foi uma série muito esperada, a série foi panfletada de forma excessiva, e isso é muito perigoso, pois se as expectativas são grandes significa que as chances de frustração são maiores ainda. O saldo dessa série é: P'Aof: eu te amo! GMM: nunca te critiquei (mentira, critiquei horrores).
A série tem algumas falhas no roteiro, que vou deixar para falar por último, por enquanto gostaria de citar os tabus que foram estraçalhados à bala nessa série. Primeiro, a crítica sobre aquela frase clichê: "não gosto de homens, só gosto de fulano", que já fez muitos de nós virarem os olhos de ranço muitas vezes. Outra crítica pertinente, foi quanto ao uso do termo "esposa" para se referir ao que aparentemente é o passivo da relação, e até isso foi desmistificado, pois Pran acabou sendo o ativo, contrariando as expectativas tradicionalistas de algumas fujoshi hehehehe. A família de Pran já estava disposta a aceitar que ele namorasse um garoto (que não fosse o vizinho, mas já é um grande avanço) e também aceitou o namoro de Pa e Ink sem maiores crises, e vale ressaltar que inserir um GL aqui, sendo que a Tailândia até então não havia produzido sua primeira série GL também foi um grande avanço. Um lembrete importante, é que esses clichês foram alimentados pela própria GMM por anos à fio. Apesar de toda a problemática envolvendo a relação, o romance desses meninos é um dos mais saudáveis que já vi, o tempo todo eles pensavam um no outro, nas implicações de suas ações e não negligenciaram seu amor. Com a aparição de Ink, imaginei uma garota que poderia vir a causar problemas, o que não aconteceu, apesar de garotas sendo vilanizadas nas séries ser uma especialidade da GMMTV.
Vamos falar dos clichês, eles tem que existir. Rivais que se tornam amantes não são novidades nesse meio, mas esse roteiro não nos mostrou isso. Mostrou dois casais se odiando sem explicar o motivo (só no final), e fazendo uma tremenda alienação para que seus filhos também se odiasse. Um incidente aconteceu, e a irmã de Pat, ainda criança se afogou, e foi Pran quem salvou sua vida. Nesse momento essa três crianças foram bem mais maduras que seus pais, e entenderam a grandiosidade desse ato, tanto que por toda a vida seguiram se ajudando nas escondidas, enquanto fingiam se odiar para a sociedade e os pais. Não consigo definir ao certo o momento em que a amizade escondida virou amor, talvez nem os personagens saibam, mas quando aconteceu essa percepção foi algo lindo de se ver, definitivamente a direção dessa série é uma das melhores que já vi.
Gostei muito de inserirem a questão da sustentabilidade ambiental. Gostei de ver a frase: "nem sempre os adultos estão certos", porque realmente não estão. Fiquei encantada com o fato de Pat e Pran só terem sua primeira noite de sexo depois de um certo tempo, inclusive dormindo juntos e fora de casa, sem nada que os pudessem impedir se eles quisessem, mas a série mostrou que não é o relacionamento entre garotos não é sobre sexo, é sobre amor, e como em qualquer relacionamento o tempo de cada um deve ser respeitado. A romantização do laços familiares foi bem criticada e isso pra mim foi maravilhoso, embora existam alguns parênteses negativos. Gostei muito do fator surpresa, pois apesar de tudo, o ep 11 em seu final nos deixou com um certo receio sobre o final, e no final 12 esse receio aumentou, até que somos presenteados com o fato de que não só eles continuam juntos, como também nunca se separaram, e é aqui que eu vejo um dos dois problemas que quero citar.
O primeiro problema, é o alarde feito pelo motivo da briga entre as famílias, eu realmente não consegui entender como uma mente tão criativa como a do P'Aof não conseguiu pensar em nada mais escandaloso. Entendo que talvez meu raciocínio brasileiro não consiga compreender de fato o tamanho desse erro em terras tailandesas, mas como a série é feita para o mundo, eu realmente esperava motivos mais impactantes para tanta confusão.
O segundo problema, é que tudo foi esclarecido, a briga na verdade não eram entre os casais, mas entre a mãe de Pran e o pai de Pat, as verdades foram jogadas e as famílias até voltaram a se falar. Nesse ponto, achei um retrocesso tremendo que eles dois, Pat e Pran precisassem namorar escondido, como se estivessem fazendo algo errado. Ok que no final ficou óbvio que as famílias sabiam, mas mesmo assim não era justo eles terem que vivem de aparências.
Sobre a atuação: Impecável. Quando foi anunciado o casal Ohm& Nanon os fãs foram à loucura, já que Nanon, que atua desde criança nunca tinha feito uma série BL. Apesar de ser um ator INCRÍVEL, que acompanho desde a primeira temporada de HORMONES (2014), conseguiu entregar um trabalho que superou qualquer expectativa. Acompanho Ohm desde seu primeiro trabalho (Make it right-2016) e de lá pra cá vi todas as suas séries BL e algumas outras, como War of high school, Blacklist e posso dizer sem medo que esse foi o maior e melhor papel de sua carreira. A química entre os dois atores, somada à beleza totalmente diferente dois dois e essa direção incrível fizeram essa série marcar meu ano de 2022.
De bônus ainda tivemos uma ost esplêndida na voz do Nanon, uma fotografia perfeita, um elenco de milhões (com excesão do pai de Pran e a mãe de Pat que pareciam estar apenas de enfeite).
Eu veria Bad Buddy mais mil vezes, e panfleto essa série em todas as oportunidades!!! Pra mim ela é 10/10 em tudo.
A série tem algumas falhas no roteiro, que vou deixar para falar por último, por enquanto gostaria de citar os tabus que foram estraçalhados à bala nessa série. Primeiro, a crítica sobre aquela frase clichê: "não gosto de homens, só gosto de fulano", que já fez muitos de nós virarem os olhos de ranço muitas vezes. Outra crítica pertinente, foi quanto ao uso do termo "esposa" para se referir ao que aparentemente é o passivo da relação, e até isso foi desmistificado, pois Pran acabou sendo o ativo, contrariando as expectativas tradicionalistas de algumas fujoshi hehehehe. A família de Pran já estava disposta a aceitar que ele namorasse um garoto (que não fosse o vizinho, mas já é um grande avanço) e também aceitou o namoro de Pa e Ink sem maiores crises, e vale ressaltar que inserir um GL aqui, sendo que a Tailândia até então não havia produzido sua primeira série GL também foi um grande avanço. Um lembrete importante, é que esses clichês foram alimentados pela própria GMM por anos à fio. Apesar de toda a problemática envolvendo a relação, o romance desses meninos é um dos mais saudáveis que já vi, o tempo todo eles pensavam um no outro, nas implicações de suas ações e não negligenciaram seu amor. Com a aparição de Ink, imaginei uma garota que poderia vir a causar problemas, o que não aconteceu, apesar de garotas sendo vilanizadas nas séries ser uma especialidade da GMMTV.
Vamos falar dos clichês, eles tem que existir. Rivais que se tornam amantes não são novidades nesse meio, mas esse roteiro não nos mostrou isso. Mostrou dois casais se odiando sem explicar o motivo (só no final), e fazendo uma tremenda alienação para que seus filhos também se odiasse. Um incidente aconteceu, e a irmã de Pat, ainda criança se afogou, e foi Pran quem salvou sua vida. Nesse momento essa três crianças foram bem mais maduras que seus pais, e entenderam a grandiosidade desse ato, tanto que por toda a vida seguiram se ajudando nas escondidas, enquanto fingiam se odiar para a sociedade e os pais. Não consigo definir ao certo o momento em que a amizade escondida virou amor, talvez nem os personagens saibam, mas quando aconteceu essa percepção foi algo lindo de se ver, definitivamente a direção dessa série é uma das melhores que já vi.
Gostei muito de inserirem a questão da sustentabilidade ambiental. Gostei de ver a frase: "nem sempre os adultos estão certos", porque realmente não estão. Fiquei encantada com o fato de Pat e Pran só terem sua primeira noite de sexo depois de um certo tempo, inclusive dormindo juntos e fora de casa, sem nada que os pudessem impedir se eles quisessem, mas a série mostrou que não é o relacionamento entre garotos não é sobre sexo, é sobre amor, e como em qualquer relacionamento o tempo de cada um deve ser respeitado. A romantização do laços familiares foi bem criticada e isso pra mim foi maravilhoso, embora existam alguns parênteses negativos. Gostei muito do fator surpresa, pois apesar de tudo, o ep 11 em seu final nos deixou com um certo receio sobre o final, e no final 12 esse receio aumentou, até que somos presenteados com o fato de que não só eles continuam juntos, como também nunca se separaram, e é aqui que eu vejo um dos dois problemas que quero citar.
O primeiro problema, é o alarde feito pelo motivo da briga entre as famílias, eu realmente não consegui entender como uma mente tão criativa como a do P'Aof não conseguiu pensar em nada mais escandaloso. Entendo que talvez meu raciocínio brasileiro não consiga compreender de fato o tamanho desse erro em terras tailandesas, mas como a série é feita para o mundo, eu realmente esperava motivos mais impactantes para tanta confusão.
O segundo problema, é que tudo foi esclarecido, a briga na verdade não eram entre os casais, mas entre a mãe de Pran e o pai de Pat, as verdades foram jogadas e as famílias até voltaram a se falar. Nesse ponto, achei um retrocesso tremendo que eles dois, Pat e Pran precisassem namorar escondido, como se estivessem fazendo algo errado. Ok que no final ficou óbvio que as famílias sabiam, mas mesmo assim não era justo eles terem que vivem de aparências.
Sobre a atuação: Impecável. Quando foi anunciado o casal Ohm& Nanon os fãs foram à loucura, já que Nanon, que atua desde criança nunca tinha feito uma série BL. Apesar de ser um ator INCRÍVEL, que acompanho desde a primeira temporada de HORMONES (2014), conseguiu entregar um trabalho que superou qualquer expectativa. Acompanho Ohm desde seu primeiro trabalho (Make it right-2016) e de lá pra cá vi todas as suas séries BL e algumas outras, como War of high school, Blacklist e posso dizer sem medo que esse foi o maior e melhor papel de sua carreira. A química entre os dois atores, somada à beleza totalmente diferente dois dois e essa direção incrível fizeram essa série marcar meu ano de 2022.
De bônus ainda tivemos uma ost esplêndida na voz do Nanon, uma fotografia perfeita, um elenco de milhões (com excesão do pai de Pran e a mãe de Pat que pareciam estar apenas de enfeite).
Eu veria Bad Buddy mais mil vezes, e panfleto essa série em todas as oportunidades!!! Pra mim ela é 10/10 em tudo.
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