Esta resenha pode conter spoilers
A hipotensão mata uma dorameira
Sal? Não existe nesse kdrama.
Não vamos mentir, começamos a assistir por causa de uma cena mais sensual presente no primeiro episódio. Mal sabíamos que seria a única cena de tal tipo no drama inteiro e que seríamos presenteados com apenas 300 abraços até o final. Pensávamos que iríamos encontrar um romance maduro e realista, mas fomos tombados. Mas não tem problema! Com uma narrativa bem conduzida, cenas românticas e/ou fanservices são apenas toques para deixar tudo mais interessante.
O problema é: tivemos uma narrativa interessante? Não. Aí que as coisas complicam.
Ela já começa ruim por enfatizar de maneira avassaladora um problema comum de kdramas: as três ruas da Coreia. Todo mundo conhece todo mundo, todo mundo está conectado um ao outro de alguma forma. Aqui eles conseguiram levar isso até Paris. Conseguiram fazer Paris ter só três ruas também.
Veja bem: a protagonista se apaixona pelo irmão do ex. Esse irmão é o mesmo cara o qual ela teve um affair, que é o mesmo cara do blind date que ela vai no lugar da amiga, que é o melhor amigo do CEO da empresa que faz negócios com ela. A noiva do ex é dona do shopping onde ela também conduz negócios. A mãe do irmão e do ex faz aulas junto com a mãe dela.
Eu entendo na necessidade de criar uma "bolha" para conduzir a história, mas pera lá né!?
Tudo bem, superado isso encontramos outro problema: ritmo. Lento. Demais.
A história não é interessante o suficiente para nos arrastar por 16 episódios. Os conflitos não fazem sentido. Tudo gira em torno do fato do cara que ela gosta ser irmão do ex. A trama só se tornava interessante quando saía do núcleo amoroso e abordava a questão empregatícia da protagonista. Os detalhes mais importantes, como a noiva do ex estar envolvida (indiretamente) no acidente dele é tratado com o maior descaso. Ela só apareceu para espumar e depois teve seu desenvolvimento anulado no drama.
Aliás, essa é outra questão: falta de desenvolvimento de personagens coadjuvantes. Os jovens da Sono (aquela moça e o cara do EXO) foram esquecidos no churrasco e brotaram como casal no último episódio. O ex da diretora apareceu do nada nos últimos episódios só para inserir um conflito entre ela e o namorado CEO. Perderam a oportunidade de dar mais força para essa personagem se ela descobrisse a interação do namorado com o pai sozinha, mas insistiram em deixa-la com essa imagem infantilizada e irresponsável. Muitos personagens também sofrem de mudança de personalidade sem processo de desenvolvimento, principalmente os homens do drama. O fotógrafo confiante e egocêntrico se torna gado. O CEO tímido e inseguro se torna confiante com a mudança de um penteado. O plot da mulher com câncer e o marido traidor arrependido foi ok. Só tinha choro.
Outro problema: Atuação. Da. Protagonista. Escrevo desse jeito, porque é assim que ela fala o tempo inteiro. Pausadamente. Um diálogo normal de 30 segundos dura 3 minutos. E isso afeta o male lead também, pobre Jang Ki Yong. Isso me faz pensar que até seja um problema de direção, mas a realidade é que a atuação é rasa e robótica, sem emoção nenhuma.
Pontos positivos (porque eles existem):
- Jang Ki Yong falando francês;
- a redescoberta da mãe da protagonista. Depois de anos casada servindo apenas ao marido, ela percebe que nunca foi apreciada e que não fez pra si mesma a vida inteira. Resolve se separar;
- Jang Ki Yong falando francês;
- a amizade da protagonista com a diretora e com a mulher com câncer;
- já disse Jang Ki Yong falando francês?
Enfim... quando terminei de assistir só consegui pensar: SOBREVIVI.
Não vamos mentir, começamos a assistir por causa de uma cena mais sensual presente no primeiro episódio. Mal sabíamos que seria a única cena de tal tipo no drama inteiro e que seríamos presenteados com apenas 300 abraços até o final. Pensávamos que iríamos encontrar um romance maduro e realista, mas fomos tombados. Mas não tem problema! Com uma narrativa bem conduzida, cenas românticas e/ou fanservices são apenas toques para deixar tudo mais interessante.
O problema é: tivemos uma narrativa interessante? Não. Aí que as coisas complicam.
Ela já começa ruim por enfatizar de maneira avassaladora um problema comum de kdramas: as três ruas da Coreia. Todo mundo conhece todo mundo, todo mundo está conectado um ao outro de alguma forma. Aqui eles conseguiram levar isso até Paris. Conseguiram fazer Paris ter só três ruas também.
Veja bem: a protagonista se apaixona pelo irmão do ex. Esse irmão é o mesmo cara o qual ela teve um affair, que é o mesmo cara do blind date que ela vai no lugar da amiga, que é o melhor amigo do CEO da empresa que faz negócios com ela. A noiva do ex é dona do shopping onde ela também conduz negócios. A mãe do irmão e do ex faz aulas junto com a mãe dela.
Eu entendo na necessidade de criar uma "bolha" para conduzir a história, mas pera lá né!?
Tudo bem, superado isso encontramos outro problema: ritmo. Lento. Demais.
A história não é interessante o suficiente para nos arrastar por 16 episódios. Os conflitos não fazem sentido. Tudo gira em torno do fato do cara que ela gosta ser irmão do ex. A trama só se tornava interessante quando saía do núcleo amoroso e abordava a questão empregatícia da protagonista. Os detalhes mais importantes, como a noiva do ex estar envolvida (indiretamente) no acidente dele é tratado com o maior descaso. Ela só apareceu para espumar e depois teve seu desenvolvimento anulado no drama.
Aliás, essa é outra questão: falta de desenvolvimento de personagens coadjuvantes. Os jovens da Sono (aquela moça e o cara do EXO) foram esquecidos no churrasco e brotaram como casal no último episódio. O ex da diretora apareceu do nada nos últimos episódios só para inserir um conflito entre ela e o namorado CEO. Perderam a oportunidade de dar mais força para essa personagem se ela descobrisse a interação do namorado com o pai sozinha, mas insistiram em deixa-la com essa imagem infantilizada e irresponsável. Muitos personagens também sofrem de mudança de personalidade sem processo de desenvolvimento, principalmente os homens do drama. O fotógrafo confiante e egocêntrico se torna gado. O CEO tímido e inseguro se torna confiante com a mudança de um penteado. O plot da mulher com câncer e o marido traidor arrependido foi ok. Só tinha choro.
Outro problema: Atuação. Da. Protagonista. Escrevo desse jeito, porque é assim que ela fala o tempo inteiro. Pausadamente. Um diálogo normal de 30 segundos dura 3 minutos. E isso afeta o male lead também, pobre Jang Ki Yong. Isso me faz pensar que até seja um problema de direção, mas a realidade é que a atuação é rasa e robótica, sem emoção nenhuma.
Pontos positivos (porque eles existem):
- Jang Ki Yong falando francês;
- a redescoberta da mãe da protagonista. Depois de anos casada servindo apenas ao marido, ela percebe que nunca foi apreciada e que não fez pra si mesma a vida inteira. Resolve se separar;
- Jang Ki Yong falando francês;
- a amizade da protagonista com a diretora e com a mulher com câncer;
- já disse Jang Ki Yong falando francês?
Enfim... quando terminei de assistir só consegui pensar: SOBREVIVI.
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