Conceito fanfic sobrenatural que você não sabia que precisava
Color Rush me animou desde a primeira vez que ouvi falar, mesmo que eu não tenha visto muita informação sobre, o simples fato de ser tageado como "soulmates" já foi o suficiente para me deixar curiosa ao ponto de querer assistir logo que eu descobri a existência da série. Pra quem cresceu lendo e escrevendo fanfics BL, eu nunca imaginei que chegaria a assistir uma produção gráfica com esse tema que sempre foi um dos meus preferidos. Mas, deixando meu discurso fujoshi emocionada de lado, vamos à história:
Color Rush conta a história de Choi Yeonwoo, um garoto que nasceu com um tipo de deficiência neurológica que impossibilita que ele veja a maior parte das cores, fazendo com que tudo que ele enxerge seja em tons de cinza. Nesse universo fantástico, as pessoas com esse tipo de deficiência, os chamados Mono, são vistas como perigosas, uma vez que existe um segundo tipo de pessoas, os Probe, que tem o poder de fazer com que os Mono vejam as cores, uma vez que eles olhem o rosto desse Probe, que seria sua alma gêmea. Por esse motivo, os Mono tendem a ter reações agressivas quando encontram seus Probe, como sequestrar e até assassinar suas almas gêmeas por não saberem lidar com a falta das cores quando estão longe de seus Probe. Então, quando Yeowoo conhece Go Yoohan e eles descobrem ser Mono e Probe um do outro, Yeowoo fica com um pé atrás, com medo de se transformar no tipo de monstro Mono que ele costuma ver na televisão. Mas Yoohan, em vez de se afastar e temer Yeowoo, parece ter muito interesse nele e se recusa a se manter longe.
Certo, o tema da história é bastante cativante analisando dessa forma. Fantasia + BL + almas gêmeas + idol actor (quem faz o personagem do Yoohan é o Hwall, ex membro do The Boyz) = Receita perfeita. Mas eu preciso destacar aqui que o modo como a problematização do universo foi apresentada me pareceu exagerada e irreal demais. Certo, "é um universo sobrenatural fictício, não faz sentido dizer que é exagerado e irreal porque é essa exatamente a definição de sobrenatural e fictício" eu sei, eu sei. Mas, da minha perspectiva (e aqui eu caio naquela ideia de ego de autor falando mais alto "se eu tivesse escrito isso teria feito tal coisa..."), as coisas não precisavam ser tão extremas. Quer dizer, não faz sentido colocar todos os Mono numa classe de assassinos doentis e continuar permitindo que eles frequentem as escolas e lugares públicos de forma comum, certo? A história em si não deixa muito claro se toda essa ideia dos Mono serem agressivos é senso comum ou só coisa da mente do Yeowoo, então eu não pude analisar direito. E, ainda assim, também não faz sentido que seja senso comum que os Mono sejam agressivos (do modo como acontece até mesmo com o Yeowoo, no caso). Quer dizer, por quê seria uma reação natural (ou até animal) você ativar seu lado agressivo por não poder ver as cores? Certo, não dá pra dizer que NINGUÉM reagiria assim, mas tornar um senso comum também me parece demais. No drama não é mostrado os Mono tendo reações depressivas, ou criando grupos de ajuda àqueles que querem aprender a lidar com seus Probe, nem nenhum tipo de reação diferente à agressividade que tanto assusta o protagonista. Tudo bem que é uma série com episódios de quinze minutos, mas eu ainda esperava um pouquinho menos de esteriótipo, principalmente por ser uma produção coreana.
Ainda, deixando de lado essa crítica ao universo, eu preciso concordar com todo o amor e admiração que as pessoas tem dado à Color Rush. De fato, a Coréia nunca desaponta em questão de produções BL. Eu fico muito feliz em poder participar dessa época de descoberta e inovação.
Color Rush conta a história de Choi Yeonwoo, um garoto que nasceu com um tipo de deficiência neurológica que impossibilita que ele veja a maior parte das cores, fazendo com que tudo que ele enxerge seja em tons de cinza. Nesse universo fantástico, as pessoas com esse tipo de deficiência, os chamados Mono, são vistas como perigosas, uma vez que existe um segundo tipo de pessoas, os Probe, que tem o poder de fazer com que os Mono vejam as cores, uma vez que eles olhem o rosto desse Probe, que seria sua alma gêmea. Por esse motivo, os Mono tendem a ter reações agressivas quando encontram seus Probe, como sequestrar e até assassinar suas almas gêmeas por não saberem lidar com a falta das cores quando estão longe de seus Probe. Então, quando Yeowoo conhece Go Yoohan e eles descobrem ser Mono e Probe um do outro, Yeowoo fica com um pé atrás, com medo de se transformar no tipo de monstro Mono que ele costuma ver na televisão. Mas Yoohan, em vez de se afastar e temer Yeowoo, parece ter muito interesse nele e se recusa a se manter longe.
Certo, o tema da história é bastante cativante analisando dessa forma. Fantasia + BL + almas gêmeas + idol actor (quem faz o personagem do Yoohan é o Hwall, ex membro do The Boyz) = Receita perfeita. Mas eu preciso destacar aqui que o modo como a problematização do universo foi apresentada me pareceu exagerada e irreal demais. Certo, "é um universo sobrenatural fictício, não faz sentido dizer que é exagerado e irreal porque é essa exatamente a definição de sobrenatural e fictício" eu sei, eu sei. Mas, da minha perspectiva (e aqui eu caio naquela ideia de ego de autor falando mais alto "se eu tivesse escrito isso teria feito tal coisa..."), as coisas não precisavam ser tão extremas. Quer dizer, não faz sentido colocar todos os Mono numa classe de assassinos doentis e continuar permitindo que eles frequentem as escolas e lugares públicos de forma comum, certo? A história em si não deixa muito claro se toda essa ideia dos Mono serem agressivos é senso comum ou só coisa da mente do Yeowoo, então eu não pude analisar direito. E, ainda assim, também não faz sentido que seja senso comum que os Mono sejam agressivos (do modo como acontece até mesmo com o Yeowoo, no caso). Quer dizer, por quê seria uma reação natural (ou até animal) você ativar seu lado agressivo por não poder ver as cores? Certo, não dá pra dizer que NINGUÉM reagiria assim, mas tornar um senso comum também me parece demais. No drama não é mostrado os Mono tendo reações depressivas, ou criando grupos de ajuda àqueles que querem aprender a lidar com seus Probe, nem nenhum tipo de reação diferente à agressividade que tanto assusta o protagonista. Tudo bem que é uma série com episódios de quinze minutos, mas eu ainda esperava um pouquinho menos de esteriótipo, principalmente por ser uma produção coreana.
Ainda, deixando de lado essa crítica ao universo, eu preciso concordar com todo o amor e admiração que as pessoas tem dado à Color Rush. De fato, a Coréia nunca desaponta em questão de produções BL. Eu fico muito feliz em poder participar dessa época de descoberta e inovação.
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