Me causou um grande impacto
Youth of May foi uma escolha cega pra mim. Embarquei nesse drama porque amo obras históricas. De início, eu esperava por um melodrama, mas me enganei completamente: a história é veloz e dinâmica, a cada episódio cumpre o que promete sem enrolar. O que me encantou, desde o primeiro episódio, foram os dois protagonistas. Eu não esperava tanto carisma! O brilho nos olhos dos dois me pegou de jeito e suas personalidades capturaram minha atenção.Hee-Tae e Myung-Hee são dois batalhadores e TEIMOSOS (muito muito teimosos) jovens coreanos. Ele sonha em se tornar músico como sua falecida mãe, ela quer estudar no exterior e ter uma vida melhor. O drama começa com os dois fazendo de tudo para conquistar o que tanto querem. Nesse meio tempo, suas vidas se cruzam e é aí que a beleza da história começa: os dois juntos em cena são uma bomba. Sério, eu não sei como aguentei. Eu me DIVERTI TANTO com eles. Ainda estou impressionada com a química desses dois atores, que entregaram tanto. Desde a primeira cena, ficou claro pra mim que eu iria acompanhar aquele casal até o fim.
Com o desenvolvimento da história, logo a realidade bateu na minha porta: será que havia um final feliz esperando por Hee-Tae e Myung-Hee? Não vou contar se sim ou se não, mas já adianto: eles lutam por isso. A cada episódio, cada brecha do roteiro, lá estão os dois, superando as adversidades e se agarrando à mínima chance de felicidade. Não só eles, mas todos os jovens que viveram naquele maio. Aquelas pessoas acreditaram e berraram pela liberdade do país, mesmo quando os sonhos delas foram chutados e arremessados para longe. Quando parecia não ter esperança, elas ainda acreditaram.
Junto com eles, eu também acreditei até o fim.
Quanto ao Hee-Tae e Myung-Hee, para mim eles sempre serão um dos melhores casais de drama. Estou orgulhosa do quanto cresceram ao longo da história. Obrigada por serem teimosos e não abaixarem suas cabeças, meus jovens de maio. Meu coração se alegrou e chorou junto com vocês, acreditem❤️
Esta resenha foi útil para você?
Muito bom
O drama se passa na cidade de Gwangju no início da década de 80, quando o cenário político era extremamente caótico, quando uma revolta foi instaurada principalmente por jovens estudantes na luta pela democracia.O Hwang Hee Tae era um jovem estudante de medicina, cheio de traumas, fruto de uma traição, filho de um homem autoritário.
A Kim Myeong Hee, uma jovem enfermeira que se doa demais pelos outros, deixava de lado até a própria felicidade para ver a dos outros, tanto que ela acaba até ajudando uma amiga indo num encontro às cegas no lugar desta.
Hee Tae e Myeong Hee acabam juntos nesse encontro e se apaixonam, porém o relacionamento dos dois está fadado a não dar muito certo por causa de certos empecilhos principalmente à família.
Nos momentos que as lágrimas não saíram o choro ficou preso na garganta de uma forma que chegava doer.
Já tinham me falado que Youth Of May era bom mas eu não olhei nada sobre ele apenas fui e pra mim esse drama foi uma surpresa. Parecia que seria algo bem mais romance fofinho porém foi além.
O brilho nos olhos dos personagens me cativaram num nível que me despedi com um aperto no coração.
Esta resenha foi útil para você?
Esta resenha pode conter spoilers
O melhor dorama que já assisti..
Youth of May contém a quantidade necessária de drama, comédia e romance. Os personagens principais são muito bem escritos e interpretados pelos atores. Uma das histórias mais tristes que já vi em série, o final da personagem principal feminina me deixou chorando por dias, e o fato dele nunca ter desistido de procurar por ela me quebrou de uma forma que não consegui assistir mais nada por um bom tempo, só conseguia pensar na história deles 😭. Quem estiver em dúvida pode assistir, você não vai se arrepender posso garantirEsta resenha foi útil para você?
Grata Surpresa...
Youth of May foi uma grata surpresa entre os dramas que estrearam este ano. Com um bom ritmo e história interessante os episódios passavam voando que eu nem percebia. Cheguei a ter de novo uma pontinha daquele sentimento que Mr. Sunshine me deu, um mix de ansiedade e uma certa aflição por pensar o que esperava os protagonistas nos próximos episódios, não era fácil aguardar uma semana pelo próximo episódio.Tenho um interesse particular pelos anos 80, este K-drama fez um belíssimo trabalho com o figurino e fotografia. O quarteto de protagonistas (dos quais três eu ainda não conhecia) fizeram um esplêndido trabalho, ótimas atuações.
A Coreia tem uma história bem conturbada e difícil, quanto ao período histórico em que a trama se passa eu gostaria de conhecer mais para ter uma visão ampla do ocorrido, se for minimamente parecido com o período do Regime Militar no Brasil existe muito mais coisas para serem analisadas.
⠀⠀ ⠀⠀ ⠀ ⠀
Quanto ao romance, foi muito muito bom e fácil torcer por eles. Hee Tae agora ocupa um lugar muito especial na minha lista de personagens memoráveis, um amorzinho.
Resumindo: Foi ótimo acompanhar Youth of May, me despeço com um aperto no coração. Apesar de esperar o final, acho que o desfecho poderia ter sido melhor desenvolvido. Mesmo assim continua sendo um drama super recomendável.
⠀ ⠀ ⠀⠀ ⠀ ⠀ ⠀ ⠀
Esta resenha foi útil para você?
Esta resenha pode conter spoilers
minha alma saiu do corpo
confesso que comecei a assistir Youth of May só por causa dos trailers fofinhos dos protagonistas, sem ler direito a sinopse do dorama e sem saber que ele se passava numa época tão conturbada da história da Coreia, não sabia que era um melodrama também, caso contrário eu não teria tido tanto interesse pra assistir....eu não lembro de ter chorado tanto num dorama como chorei em Youth of May, de 12 episódios os únicos que não chorei foram os 2 primeiros que eram introdutivos e não dava pra saber a desgraça que tava vindo.... minha gente pra assistir esse dorama tem que ter nervo viu... é uma montanha russas de emoções em uma hora você tá feliz com as cenas dos protagonistas e poucos minutos depois você tá chorando pq deu algo de errado. as emoções que os atores passam são extremamente sinceras e tocantes, impossível não se comover com a história desses dois, aliás com a história em geral do dorama que é retratando um acontecimento histórico que deixou tantas vitimas... a parte histórica do dorama é MUITO interessante eu só ficava receosa a todo momento com medo de algo acontecer com os protagonistas, os cenários são lindos, a fotografia, o dorama é simplesmente lindo e magnifico, o amor entre os personagens embora tenha sido curto foi muito verdadeiro e se fez presente durante o resto da vida que o Hee Tae teve, uma obra prima!!
infelizmente não é todo mundo que tem a sensibilidade e informação suficientes (ou ignoram essas informações) pra entender o quão triste foram as ditaduras e os processos de busca pelo direitos, na reta final do dorama o Hye Gun sofreu o pão que o diabo amassou, foi torturado, se negou a "dedurar" os companheiros que estavam juntos com ele e no final, se sacrificou p/ o comando de defesa não machucar a família dele, Hye Gun não existiu apenas em Youth Of May, muitos jovens se sacrificaram por um bem maior, para que hoje tivéssemos o mínimo de liberdade que temos.. o mesmo caso com a Myeong Hee que morreu tragicamente na mão desses cretinos p/ salvar o irmão e o corpo ficou desaparecido durante DÉCADAS pq o próprio exército ordenava que tudo que pudesse identificar o morto fosse descartado do corpo dele... ainda hoje aqui no Brasil há corpos que não foram encontrados do período da ditadura, "pessoas desaparecidas", várias pessoas como a Myeong Hee que tinham pais, irmãos e que eram o amor de alguém, o dorama me deixou revoltada na maioria dos episódios pq toda vez que passa a cena dos protestos pacíficos e dos estudantes sendo agredidos e mortos automaticamente eu lembrava que isso não era tudo ficção, foi a realidade da Coreia do Brasil e de muitos outros países durante ANOS, e pra mim é inadmissível um líder (presidente da republica) como o do Brasil tratar esse período da história com tanto desdém e ainda os seus apoiadores defenderem a volta de uma época tão terrível como essa, então a dorameira que tem esse tipo de pensamento espero que pelo menos através desse dorama que não é só sobre amor, tenha aprendido a ter o mínimo de consciência da história que um dia também foi a do seu país, e de brasileiros, que assim como os estudantes de Gwangju, também tiveram seus direitos pisoteados e suas vidas perdidas.
não lembro também de um protagonista que tenha sofrido mais do que a Myeong Hee, ela perdeu literalmente tudo que tinha de mais precioso: o sonho de estudar fora, o pai, por diversas vezes perdeu o amor da vida dela e no fim perdeu também própria vida, tudo que ela perdeu, perdeu injustamente porque foi mandado... não foi um acidente abrupto que tirou isso da vida dela, foram as próprias pessoas que em teoria deveriam proteger os cidadãos mas tiraram tudo deles.
sobre a Lee Soo Ryun eu me irritei muito com essa personagem, a priori o fato dela ser uma protestante me animou bastante, mas depois que eu vi que ela não assumia as consequências dos atos dela, deixando os outros sofrerem com algo que ela deveria se responsabilizar, me decepcionou muito... principalmente ela sendo egoísta com a Myeong Hee, que sempre tinha colocado ela em primeiro lugar e deixado de fazer as vontades dela pra fazer as da Soo Ryun, e a Soo Ryun não fazia o mínimo pela Myeong Hee... mas no final ela teve a redenção dela, embora ela fosse privilegiada e não precisasse estar em nenhum dos protestos ela mesmo assim ia de boa vontade, pq tinha os ideais dela e lutava pela conquista dos direitos que seriam usufruídos por todos, assim como o irmão dela que se uniu a ela nesses últimos episódios. ambos privilegiados, mas fizeram muito mais coisa do que outros jovens mimados por aí. a inteligência dela e o interesse por politica sempre me deixaram encantada, a personagem poderia ter sido desenvolvida de uma maneira diferente na metade do dorama, pq como eu disse ela só teve a redenção dela na reta final, então durante todo o dorama ela nada mais parecia ser do que uma pessoa hipócrita.
sério, a cena final desse dorama do Hee Tae escrevendo a carta acabou cmg... recomendo Youth of May pra qm tem emocional pra assistir pq eu tô saindo dele destrúida...
Esta resenha foi útil para você?
Esta resenha pode conter spoilers
Lindo e emocionante
Essa é uma das histórias mais lindas e tristes que eu já assisti, com certeza esse dorama entrou para minha lista de favoritos, amei do começo ao fim.A atmosfera do dorama é pesada(parece que vai acontecer algo a todo momento) e muito envolvente, é aquele dorama que você não consegue desgrudar os olhos.
Achei de extrema perspicácia que a história, apesar de fictícia, possue fundo de realidade, não só pelo acontecimento histórico retratado, mas pelo final dos personagens.
A MyungHee e o HeeTae não existiram na realidade, mas existiram muitas pessoas como eles, pais que perderam filhos, esposos/noivos/namorados que perderam seus companheiros. Assim como HeeTae perdeu o amor de sua vida de forma injusta e terrível, muitas pessoas também perderam aqueles que amavam durante o massacre de gwangju. O final, apesar de triste, é um retrato da realidade.
Esta resenha foi útil para você?
Esta resenha pode conter spoilers
parece qlevou um pedaço de. mim
vey assisti esse drama sabendo qia ser triste pq vi um vidwo no tiktok falando qera super depre i tals MAS EU NAO ESPERAVA ISSO EU NAO ESPERAVA ESSA FACADA NO CORACAO. o fato dele nunca desistir dela estar viva acabou cmg. o drama é emocionante e triste dms meeuxdwus mais ao mesmo tempo ele é incrivel ele tem uma pitada de. tudo, a unica coisa qcolocaram demais foi depressao. o drama é muito bom, mas se. prepara p chorar muitoEsta resenha foi útil para você?
eu realemnte amei ate pelo fato do ponto historico que foi muito bem pincelado
Hwang Hee Tae é um jovem, aspirante a médico, que odeia tudo o que é previsível, e logo filho fora do casamento ( amante) não tem um lugar de privilegio na familia, e de fato gera uma bagunça porque por ser o mais velho , o irmão cacula a caba sofrendo assim como a mae / madrastra o julgo da socieldade a passando por amante quando a mesma é a esposa oficial . Por algum motivo que não lembro agora ele voltou para casa e que inferno o pai dele, credo. Mas tudo que acontece no entorno dos personagem levam a um evento de manisfestações na Coreia do Sul naquela epoca. O jovem medico que teve sua vida impactada por um acontecimento que o traumatizou durante um dos protestos contra o governo, em meio a uma troca de favores entre amigas acaba conhecendo Kim Myung Hee, uma jovem enfermeira , pobre e super profissional que so queria o melhor para sua carreiara para poder cuidar do irmaozinho, onde em meio a tantos problemas se apaixonam perdidamente.Em meios aos problemas da epoca da ditadura sul coreana e em primeiro plano retratando os protestos de jovens nas ruas, sequestros, torturas e matança de quem se opunha ao governo, um breve resumo histórico, na data de 18 de maio de 1980, o heroico povo sul-coreano pegou em armas para se opor ao morticínio do regime militar-fascista de Chun Doo Hwan, patrocinado pelo imperialismo ianque. Sob pretexto de “combater o comunismo” e as chamadas “rebeliões pró-Coreia do Norte”, o regime de Chun Doo Hwan enviava suas tropas, tanques e até mesmo aviões militares para ocupar os campi das principais universidades da Coreia do sul, reprimindo o combativo movimento estudantil sul-coreano que se mobilizava em defesa da plena democratização da Coreia do Sul, pela revogação das leis fascistas, e parte expressiva deste movimento estudantil compartilhava de uma visão consequentemente anti-imperialista, reivindicando a retirada das tropas ocupantes norte-americanas do país e a reunificação nacional com o Norte socialista.
Na cidade de Gwangju (província de Cholla do Sul), as hordas do regime de Chun Doo Hwan, insanas e descarregando o ódio mais animalesco por meio de prisões, espancamentos de estudantes até a morte, fuzilamentos indiscriminados contra a população comum, invasão de casas e propriedades, estupros, abortos forçados contra mulheres grávidas, dentre demais barbaridades, os fascistas logo tiveram a resposta do povo: enquanto, inicialmente, o perfil dos manifestantes contra os arbitrariedades das tropas de Chun Doo Hwan era composto basicamente por estudantes, pouco a pouco a população comum passa a compor a esmagadora maioria nos protestos, que assumem um caráter cada vez mais radical. As massas de Gwangju não aceitam passivamente as humilhações e assassinatos diários de seus pais, mães, filhos e amigos queridos. A partir de manifestantes que já haviam servido no exército reacionário sul-coreano, não foi difícil para que o povo invadisse em massa depósitos de armas do governo – dado que as tropas se encontravam mobilizadas em sua esmagadora maioria para a repressão nas ruas –, rendendo e executando oficiais, expropriando armas para a formação do que viria a ser o Exército Civil.
A luta armada em Gwangju duraria cerca de dez dias. Neste meio tempo, as massas armadas lograriam expulsar as tropas de Chun Doo Hwan e manter o controle da cidade, construindo um quartel-general no que era anteriormente a Prefeitura Municipal de Gwangju. Estando as massas de Gwangju, porém, isoladas, sem uma perspectiva política unificada entre os diferentes setores do movimento popular, sem o apoio e a organização das massas no restante do país e sem a experiência militar devida, o cerco do regime de Chun Doo Hwan sobre a cidade, bloqueando-a e esgotando-a por meio do corte de fornecimentos de alimentos, combustíveis e demais suprimentos, termina por impor uma derrota à heroica resistência de Gwangju, num massacre cujos números são altamente controversos, com muitos avaliando em pelo menos dois a cinco mil mortos pelo regime.
Parece curioso usarmos termos como “fascismo”, “mortes”, “espancamentos”, “luta pela democracia” ou demais para caracterizarmos o regime sul-coreano, numa época em que todas estas palavras são atribuídas à Coreia do norte socialista. É possível que a esmagadora maioria da esquerda brasileira, em quase sua totalidade, jamais tenha ouvido falar do que foi o Levante de Gwangju, uma verdadeira Comuna de Paris do povo sul-coreano, que se levantou em armas contra seus exploradores e opressores. Fazemos parte de uma geração à qual foi negada o direito de conhecer a história de luta dos povos do mundo, as guerras de resistência e a verdade sobre quem se coloca realmente ao lado do fascismo, e quem se põe pela democracia e o progresso social. Isso é particularmente verdadeiro no caso de Gwangju, o massacre esquecido do fascismo sul-coreano.
Ademais, a luta do povo sul-coreano nem de longe se limita ao Levante de Gwangju. Ao contrário, desde sua fundação no ano de 1948 pela criminosa ocupação dos Estados Unidos, o sul da Península foi e é palco de intensas lutas populares contra a repressão política criminosa, que acompanha toda a sua história.
Portanto, na data em que se marca os 40 anos do início da resistência de Gwangju, pensamos ser pertinente, como forma de homenagear as massas sul-coreanas em luta, traçar um breve histórico de sua resistência contra o imperialismo norte-americano e a reação local. Esperamos contribuir para que os brasileiros desenvolvam ainda mais seus sentimentos internacionalistas para com as lutas de libertação nacional.
A ocupação dos Estados Unidos na Coreia do sul e o estabelecimento de um regime fantoche
Antes de entrarmos propriamente no Levante de Gwangju, traçaremos uma apresentação do desenvolvimento do regime neocolonial vigente na Coreia do Sul, que viveu durante anos sob a tutela de um regime militar fascista apoiado pelos Estados Unidos.
Desde a libertação da Coreia do jugo do imperialismo japonês, no ano de 1945, a parte sul da península vive sob a ocupação militar dos Estados Unidos, que, no contexto da Guerra Fria, promoveu o anticomunismo e o fascismo, como forma de conter a ascensão das lutas operárias e populares do povo sul-coreano, e que inspirado no exemplo do que ocorria na Coreia do norte, exigia a construção de um Estado democrático, progressista e soberano.
Após uma longa guerra de libertação contra o Japão, o norte da península coreana foi libertado do imperialismo japonês pelas ações conjuntas do Exército Popular Revolucionário da Coreia, dirigido por Kim Il Sung, e do Exército Vermelho soviético. Os Estados Unidos esperavam que, com a rendição do Japão, poderiam assim passar a ocupar todo o território coreano. Vendo o avanço fulminante das forças guerrilheiras, junto com o Exército Vermelho, os imperialistas norte-americanos propuseram o estabelecimento do Paralelo 38, que cortou a península coreana ao meio e viria a sacramentar, em breve, a histórica divisão entre “Coreia do Norte” e “Coreia do Sul”.
Os Estados Unidos estacionariam suas tropas no sul da península apenas algumas semanas após a libertação do país, sem terem fornecido qualquer contribuição efetiva para a expulsão das forças japonesas da Coreia. Uma das primeiras medidas tomadas pelos militares ianques foi a dissolução forçada dos comitês populares, colocando à frente do poder político figuras ligadas à antiga administração colonial e até mesmo ao imperialismo japonês. Na parte norte da península, a revolução democrática, anti-imperialista e antifeudal avançava com ímpeto, servindo como sólida base para o estabelecimento de um Estado unificado, democrático e próspero.
É importante destacarmos que os Estados Unidos, desde que chegaram no sul da península coreana, jamais cumpriram qualquer papel minimamente progressista. Antes mesmo da chegada dos ocupantes norte-americanos, as massas sul-coreanas haviam estabelecido a República Popular da Coreia: tentativa de construção de um novo Estado, que se apoiava nos comitês populares locais. A política de repressão e supressão praticada pelos Estados Unidos no sul da Coreia foi completamente diferente daquela aplicada pelos soviéticos no Norte, onde os comitês populares foram reconhecidos, e as atividade dos partidos democráticos eram realizadas normalmente.
Ao chegar no país, os Estados Unidos logo trataram de acabar com tal experiência, dissolvendo a República Popular da Coreia, prendendo e perseguindo seus principais líderes.
Desde o começo, os Estados Unidos trataram de impor ao país uma administração de tipo militar e neocolonial, passando a controlar a Coreia do Sul política, cultural e economicamente. No ano de 1946, para tentarem legitimar sua administração militar, trouxeram dos Estados Unidos aquele que seria o primeiro ditador da futura república fantoche: Syngman Rhee (ou Ri Sin Man). Syngman Rhe era uma figura historicamente pró-norte-americana, que havia se exilado nos Estados Unidos no ano de 1904, sendo nomeado posteriormente como presidente de uma autoproclamada “Assembleia Democrática da Coreia do Sul”, em 1947, seria renomeada como “Assembleia Legislativa Interina”.
Durante certo período, os Estados Unidos a União Soviética realizaram diversas conversas para estabelecerem uma solução para o problema da divisão da Coreia. De acordo com a jornalista Anna Louise Strong:
“Por dois anos, essas conversas só contribuíram para aumentar a amargura. Os americanos insistiram em incluir no governo provisório os colaboradores pró-japoneses e os exilados que regressaram. Os russos recusaram. Os russos insistiram em incluir representantes dos sindicatos, das organizaçõs camponesas e outras semelhantes. Os EUA não quiseram ouvir falar sobre isso.
Por fim, os soviéticos acabaram por propor que ambos os países se retirassem da Coreia – o que foi cumprido pela parte soviética em dezembro de 1948 – proposta obviamente rechaçada pelos imperialistas norte-americanos.” [1]
Em 1948, os Estados Unidos promoveram um processo eleitoral farsante, que iria culminar posteriormente na fundação da “República da Coreia”, um Estado fantoche controlado pelos Estados Unidos. Os Estados Unidos, ainda em 1947, aproveitaram-se de sua hegemonia nas Nações Unidas para aprovar uma resolução que desse guarida a realização de eleições. Dessa resolução, surgiu a chamada Comissão Temporária das Nações Unidas para a Coreia, que se encarregaria de organizar a farsa eleitoral. A parte norte da península coreana, obviamente, não tomou parte no processo.
A realização de eleições separadas foi alvo de intenso repúdio por amplos setores das massas coreanas, que viam na medida uma tentativa de perpetuar a divisão da península. Mesmo antes da realização do processo eleitoral farsante, já havia o entendimento de que os Estados Unidos e os reacionários sul-coreanos visavam realizar eleições de tal tipo. Em todo o território da Coreia do Sul, eclodiram revoltas contra o imperialismo norte-americano.
Esta resenha foi útil para você?
Obra prima
Eu preciso dizer: que dorama maravilhoso!É claro que se a pessoa for assistir pensando em um final feliz de conto de fadas, sinto muito, mas não vai ter, o final é realístico, lindo e triste. Desde do início eu sabia que terminaria assim. E valeu cada minuto!
A história retrata um romance nos tempos mais sombrios de maio de 1980, a fé, a coragem, a força e a abnegação daquele povo. Um romance fictício numa época real na Coreia. Gostei muito de saber mais sobre a história do país.
Se ainda não assistiu e gosta de ver obras primas, assista esse drama ♡
Esta resenha foi útil para você?
Poetry in motion
Youth of May is definitely one of the biggest gems of 2021. It's a sweet old-school romance in the backdrop of harsh Gwangju Uprising. If you're aware of the political and social backdrop, you will probably enjoy it even more. But even without it, Youth of May is a soothing love story. It reminds you what it's like to be innocently in love. It's old-fashioned and sincere and gives you a satisfying sense of nostalgia, even if you weren't alive during that time.Lee Do Hyun has proved his versatility as an actor this year. While 18 Again is the crowd-pleaser (and for good reason), I don't know why but none of his characters can steal your heart like Hee Tae. It might be bold of me to say this but Lee Do Hyun outshined everyone on this show.
But that doesn't take away from the fact that this was one of the best cast ensembles we have had in a while. An out and out pool of talent. I have laughed and cried and ached and sympathized with all of their stories and I am going to carry them in my heart for a long time (I guess that's what happens with heavy dramas).
The couple's chemistry was amazing. The sfl nailed it. I really liked her character. The sml also held his own and had some awesome moments, The brothers were AWESOME! The kids stole the show. We had an evil father and an amazing father, both of the actors nailed it. The mums were great too. The friends. The soldiers. The friend-soldiers. It was the perfect cast.
I would say, in conclusion, that even if you're wary of the possible sad ending, go for it because this drama is worth it.
Esta resenha foi útil para você?
When fiction meets reality...
As a sociologist and someone from a country that went through two dictatorships, Youth of May, a drama that addresses one of the most tragic moments in South Korean history (which took place during a dictatorial period, it is important to emphasize) caught my attention.I usually believe that art in general, including dramas, has a social function, which is to remember, even what we most want to forget, because even what causes us sadness is part of the stories we experience and it is of course, the stories that make up a country and its people.
And in Youth of May it is possible to identify this effort to revive the collective memory, mixing fictional aspects and others that go back to the often cruel reality. For, against the background of the Gwangju massacre, Youth of May portrays the multiple deaths that can be experienced in traumatic events.
"Death" does not always refer to the body, but to dreams that are not lived, hopes that are dashed and reputations destroyed. Making you question what it means to live? Is a person who has given up on their dreams alive in some way or is they dying with each passing day?
That's the question I asked myself when I was introduced to the protagonists, especially Myung Hee who, for various reasons, is forced to give up her own future until finally the opportunity to leave for another place arises. But what to do, when meeting Hwang Hee Tae, our male protagonist, she finally decides to live...
Giving up a "fair" path that allowed her to live securely in sacrifice of her own happiness, Myung Hee experiences love, fear, self-pity, while questioning herself and her own values. Feelings that are interesting, as the protagonist starts to question herself and her choices, while she sees the self-control she had slip through her hands, replaced by the possibility of living a love...
Already with Hwang Hee Tae we learn somehow about remorse, about autonomy and responsibility and, in a way, submission, while he is willing to exchange his own future for the possibility of saving someone from the past, aspiration ruined for an "exchange" , who made him meet Myung Hee on a blind date. He who was willing to give up on himself found a reason not to abandon himself...
It is from this exchange that Hwang Hee Tae and Kim Myung Hee live their love, intensified by the almost instantaneous attraction and historical moment they were experiencing, as well as by the networks of relationships that tied them to a reality that cannot be defined in any way. positive. After all, the use of repression against the innocent will never cease to be regrettable.
The relationship created between the historical event, the novel presented and the other relationships demonstrated allows us to think about abstract concepts such as justice, injustice, insurgency, freedom and the false feeling of being free, as in the case of Soo Ryeon and Soo Chan's family, our secondary characters. Being Soo Chan awakened from his illusion in the final part of the work.
It is noteworthy that this symbiotic relationship (dramatized historical event + romance + family) also allows us to think about how hard reality can be. Because, through the characters, it was possible, at least for me, to somehow establish a connection with the feelings evoked and delve a little deeper into the presented historical fact.
It's as if somehow it was possible to bring, with the plot presented, an understanding even if shallow of the difficulties of those who did not have their stories told. I wonder if I'm traveling, but I got this feeling while wandering.
And finally, with the sum of the novel, with the representations (which still do not represent the full complexity of such violence) accompanied by worthy performances, the doors are opened to seek to know a little more about the true Youth of may.
Esta resenha foi útil para você?
Esta resenha pode conter spoilers
beautiful, sad and emotionally deep
I don't really know where to start. Just finished Youth of May and I'm left breathless. I started it 3 days ago, because I had some free time and wanted to watch something. And here I am, having spent all night watching second half of the series, aka 6 episodes in a row. I really didn't expect to fall in love with this drama so much, but it's going straight to the top of my favorites list. Inspired and deeply touched by this drama I decided to write my first ever review. Sorry, I don't really know what I'm doing, so this is more of my rant and emotions rather than a good review.Youth of May first started as a typical Kdrama with the popular cliches such as rich man/poor woman, mean parent, female lead striking to overcome all obsticles and star-crossed lovers type of story. I'm all into that, that's the type of drama I like best. Not to mention interesting historical setting which I knew absolutely nothing about until I saw Youth Of May. Also, talented actors, writters and producers. Totally my cup of tea! But then as the story progressed, I really though it will be one of those dramas where lovers get together quite quickly and have to overcome lots of obstacles just to be together in the end. And most of us now know how it turned out for our beautiful couple.
The love story itself isn't something completely unique but what makes it so is the historical setting this story has. Never before did I know about this kind of democratical struggles in South Korea. It deeply touched me. Country's own army going against innocent civils, young students... One of the most memorable moments in ToM for me was when Myung Soo and Jung Tae came back to their camp and said that North Korea has invaded (even though it was South Korean army that they saw)... Another thing that I'm similar age to those in this drama & also a student myself and that helped me relate to the students we saw in the drama, their fights and this time of their life. The stories which show people of my age group struggling, fighting, etc. really affect me the most since I can relate to the characters more.
Another thing what makes this drama unique is the depth of emotions that the actors portrayed so well. Everything felt so genuine, as if the actors were truly those characters that they were portraying. Especially Hee Tae's actor Lee Do Hyun. He's brilliant! When he cried I could feel all of his emotions and usually I'm not very emotional person (so far only 4-5 dramas have made me cry). But this drama's ending and Hee Tae got me bawling my eyes out, I just could stop crying (and I knew the way it'll end because of spoilers I had accidentally seen!). What a beautiful story with such a tragic ending.
Lastly, I want to note how beautiful were some of the relationships in the drama. Not only the main couple, but I really loved the relationship between Myung Hee and cute little bear Myung Soo, Myung Soo and his dad, the development of relationship between Hee Tae and Jung Tae, Jung Tae and Myung Soo. It was so beautiful to watch them interact and care for each other.
Youth of May really will forever live in my heart and make me nostalgic every May.
Esta resenha foi útil para você?