Quando éramos mais novos, muitos de nós tínhamos sonhos a respeito de quem queríamos ser quando crescêssemos. Jang Geu Rae (Im Siwan) sonhava em se tornar jogador profissional de baduk, um jogo similar ao xadrez. Porém, sua vida tomou um rumo inesperado e ele foi obrigado a desistir de seu sonho e arrumar um emprego como estagiário em uma grande empresa. Lá, onde se sente um peixe fora da água, conta com a bondade a bondade da reservada colega de trabalho Ahn Yeong Yi (Kang Sora), enquanto tenta agradar seu novo chefe, Oh Sang Sik (Lee Sung Min), e acompanhar o ritmo do ambicioso estagiário Baek Gi (Kang Ha Neul). Geu Rae também é obrigado a enfrentar a hostilidade dos outros estagiários, que acreditam que a contratação dele foi um caso nepotismo - como ele pode ter conseguido um cargo tão cobiçado sem ensino superior e experiência de trabalho. Conseguirá Geu Rae usar as estratégias do jogo de baduk para sobreviver neste universo corporativo? “Vida incompleta” é uma série dramática sul-coreana de 2014 dirigida por Kim Won Suk. É baseada no popular quadrinho “Misaeng” de Yoon Tae Ho. (Fonte: Viki) Editar Tradução
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- Título original: 미생
- Também conhecido como: Misaeng , Incomplete Life
- Diretor: Kim Won Suk
- Roteirista: Jung Yoon Jung
- Gêneros: Negócios, Vida, Drama
Elenco e Créditos
- Im Shi Wan Papel Principal
- Lee Sung Min Papel Principal
- Kang So Ra Papel Principal
- Kang Ha Neul Papel Principal
- Kim Dae Myung Papel Principal
- Byun Yo Han Papel Principal
Resenhas
O drama para você nunca querer trabalhar em um ambiente corporativo
Infelizmente, não é meu caso, já que trabalho há anos em escritório, mas hoje estou salva pelo home office. Tendo essa experiência, impossível não associar algumas situações do drama sem sentir alguns gatilhos. Porém, talvez até por questões culturais (ou por sorte minha?), os conflitos do drama são bem mais hardcore. O drama retrata uma rotina de abusos e assédio normalizados por todos que estão inseridos naquele meio. A pergunta que fica é: cadê a CLT desse pessoal?Pois bem, começamos o drama sofrendo desconsoladamente pelo Geu-rae, um ex-jogador de GO que, por mais talentoso que fosse, sua rotina doméstica e familiar evitou que ele conseguisse se profissionalizar. Por indicação, ele foi trabalhar numa empresa de comércio, o que gerou comentários e atitudes maldosas por parte de seus colegas que viram tal indicação com maus olhos. Achei interessante que, no momento que passa a introdução da história dele e entendemos de onde vem suas motivações, caímos na sua rotina de adaptação na empresa e nas suas diversas situações e problemas. Vemos o personagem crescendo naquele meio, melhorando seu relacionamento com seus colegas e suas habilidades de trabalho. Assim, vem uma sensação de estabilidade. O tempo vai passando até que, lá pelos últimos seis episódios, vem à tona a questão dele ser um funcionário temporário e a desgraça cai sobre nós novamente. Um aspecto bastante interessante do crescimento de Geu-rae é que ele sempre associa os ensinamentos do GO nas atividades e dinâmicas do escritório, mas vai aprendendo, na raça, que nem sempre a teoria funciona naquelas situações. Ele fracassa diversas vezes. Esse realismo e o pouco uso da idealização das circunstâncias (e personagens) é maravilhoso!
Um dos pontos mais bonitos do drama é que, no fim, muito se resume à relação do Geu-rae e do Sr Oh, que é o chefe da equipe de vendas onde o Geu-reau é alocado e é um sujeito à beira de um burnout. Durante todo o drama vemos como um ajudou o outro a crescer como profissional e como pessoa. Muita da pressão que o Sr Oh sofre está relacionada à sua personalidade forte e relutante em ceder à todas as restrições da empresa. Ele tem seus princípios e sempre dá um jeito de segui-los de forma que não prejudique a companhia. Um impacto claro da sua relação com o Geu-rae é quando ele deixa de lado esses princípios ao tentar manter o novato na empresa e torná-lo funcionário fixo.
Os demais novatos que entraram com o Geu-reu na empresa também tiveram ótimos destaques!
O Baek-ki é um mala egocêntrico aprendendo as verdades da vida. Levou muitas cortadas do seu colega, Sr Kang, e foram esses golpes de humildade que o ajudou a refletir sobre sua própria arrogância.
Particularmente, me identifiquei um pouco com o Seok-yul sobre ver outros se beneficiando em cima do seu trabalho. Ele é bastante extrovertido e vê-lo perdendo a animação, aquele brilho no olhar, pelos abusos de autoridade do Sr Sung, foi bem triste. A mudança de corte do cabelo foi bastante simbólica. Ele aprendeu, na marra, que não se deve combater fogo com fogo. No fim, ele focou no que importava: fazer bem o seu trabalho e deixar o carma agir sobre o Sr Sung. Porém achei um equívoco grotesco terem retratado ele como um pervertido, no começo da história, com algumas atitudes que beiravam o assédio. E pior: foi usado como artifício de humor no drama. Numa narrativa que condena diversas situações de abuso, isso me pareceu um pouco incoerente.
Finalizo com a Young-yi, que comeu o pão que o diabo amassou, tanto no serviço quanto em casa. Ao chegar na empresa, ela se submete ao assédio moral e maus tratos dos colegas. É extremamente frustrante o quanto ela abaixa a cabeça para essas situações. Ela realmente não retruca ou combate em nenhum momento. Porém, quando ela conta sua história, todas essas atitudes fazem sentido. Ela sempre foi rejeitada pelo pai por não ter nascido homem e sustentou a família que sempre perdia dinheiro em maus investimentos; então, lutou desde nova para garantir sua independência e personalidade própria. Ela prefere se adaptar para poder sobreviver. Engraçado que a mudança de atitude dos colegas dela veio quando eles viram outras pessoas tratando ela da mesma maneira que eles a tratavam (ou até pior, vide o Sr Ma). Ela conseguiu perseverar no meio de tanto abuso. Não sei se teria tanta força para aguentar e não sei nem se deveríamos ter. É criminoso aquele ambiente de trabalho.
Para finalizar, passei o drama inteiro tentando entender quais seriam as circunstâncias que levariam àquela perseguição do início. Por mais que tenha sido legal por si só, super bem produzida, contextualizada e tals, achei que ficou tão fora do tom do drama. Pareceu algo à parte, dirigido por pessoas diferentes ou retirado de outra produção que não deu certo. Sei que o Geu-rae já tá amadurecido pela passagem de tempo (que foi de apenas um ano), mas pareceu outro personagem. Pode até ser algo simbólico, por finalmente estarem livres daquele empresa e em um ambiente mais amigável, mas foi uma quebra estranha.
Misaeng's path of story transcends the typical office narrative. It's not just watching office workers struggle, suffer, get praise, or be joyful. We know these characters; we know their faces and names, their pasts, their hang-ups, and their fears. However, we don't know them only as Jang Geu Rae, Oh Sang Shik, Kim Dong Shik, Jang Baek Ki, Ahn Young Yi, or Han Suk Yeol. We KNOW these people; they are our friends, neighbors, acquaintances, and often, ourselves. That's what Misaeng brings in its storytelling, its cinematography, its constant image of being small in a big world and finding what we can do to be significant.
That path was taken by, in my opinion, one of the greatest ensembles I have ever seen in a drama. The entire cast has this way of making one completely identify or not identify with their actions. We see how everyone starts--naive, raw, rough, intimidated, at times, arrogant and ridiculous. Yet we also experience their growth, admissions of success and failure, and admissions of self-centeredness or guilt.
Behind the ensemble, traversing the path of Misaeng was an exciting and memorable soundtrack. Each piece told a story. I enjoyed the somewhat folk storytelling of the OST tracks because it mirrored the narrative of the day-to-day experience of the office workers. One could argue that the music is a character in and of itself as it travels the visual text.
Through its story, cast, and music, Misaeng took me on a journey. At times, I felt like Jang Geu Rae, wondering and asking myself the same questions. That's what I loved about Misaeng. I'm not an office worker, but I identify with their struggle. I ask myself the same questions. I feel defeated at times. At the end of the day, I'm just an incomplete life looking for completion.